Raimundo Macedo é eleito à Prefeitura de Juazeiro
Numa disputa acirrada, o deputado do PMDB consegue a vitória sobre o atual prefeito Manoel Santana, do PT
Em agradecimento à vitória, Raimundo Macedo foi louvar o Padre Cícero na Colina do Horto. Multidão comemorou o resultado do pleito FOTO: ELIZÂNGELA SANTOSJuazeiro do Norte O médico e deputado federal, Raimundo Macedo (PMDB), venceu a eleição neste município, com 65.079 votos (51,5%). O seu principal adversário foi o candidato à reeleição e atual prefeito, Manoel Santana (PT), que obteve 45.394 sufrágios (35,96%). Uma multidão foi às ruas do Centro da cidade comemorar os primeiros resultados, com buzinaços e carreatas. Após resultado oficial, Macedo subiu à Colina do Horto para agradecer a vitória ao Padre Cícero, acompanhado de multidão de eleitores.
Boca de urna, detenções de eleitores e até candidatos conduzidos à delegacia da Polícia Federal para dar esclarecimentos, além de material de propaganda apreendido, foram registrados durante o dia de ontem, na "terra do Padre Cícero". O terceiro colégio eleitoral do Estado, depois de Fortaleza e Caucaia, conta com 165.540 eleitores. A eleição em Juazeiro contou com uma abstenção de 18,01% do eleitorado. 29.814 pessoas deixaram de votar na cidade.
Na manhã de ontem, 21 pessoas foram levadas para a delegacia da PF, após denúncias de compra de votos, dentre eles dois adolescentes. Na residência do bairro Parque Antônio Vieira, foram encontrados várias cópias de títulos, quantia em dinheiro não divulgada, além de material de campanha. Os donos da casa estão implicados, segundo o subtenente da Polícia Militar, Wladimir Carvalho. A Polícia foi até o local com um mandado de busca e apreensão expedido pela juíza da 28ª Zona Eleitoral, Maria Nadir Araújo Papaléo. Os três candidatos ao Executivo Municipal votaram no início da manhã de ontem. O prefeito eleito, Raimundo Macedo (PMDB), foi o primeiro a votar no Colégio Moreira de Sousa. Ele esteve acompanhado do vice-prefeito eleito na sua chapa, Ivan Bezerra.
Em seguida, Demontieux Fernandes (PSOL), na Cagece, e o atual prefeito, Manoel Santana (PT), no Círculo Operário São José. O prefeito eleito Raimundo Macedo afirma que as primeiras ações do seu governo serão reestruturar a cidade e realizar um grande mutirão de limpeza nos espaços urbanos, além de cuidar da pavimentação.
Ele tem como uma de suas principais bandeiras de atuação, o fortalecimento da saúde, com a construção de um pronto socorro municipal e um centro de tratamento para dependentes químicos. Macedo ainda afirma que irá fundir algumas secretarias municipais, além de criar a de Urbanismo e fortalecer os setores da economia, para a geração de emprego.
Penaforte
Prefeituras da região tiveram substituições de candidatos do dia para a noite e a cidade de Penaforte ficou sem um dos prefeituráveis. José Wilde Vieira Bringel (PT) teve uma parada cardíaca e morreu na madrugada do domingo, em casa. Somente na noite de sábado foi confirmada a candidatura do agricultor, Beto Mendes, 70 anos, em lugar do filho, o empresário Francisco Luiz Rodrigues Mendes de Souza (PTB), de 47 anos, o Titico, que renunciou à sua candidatura a prefeito de Potengi. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele ainda se encontrava com candidatura indeferida.
Os municípios de Aurora e Missão Velha registraram denúncias de boca de urna e compra de votos. No final da tarde de ontem, alguns eleitores de Missão Velha foram conduzidos para a delegacia da PF, em Juazeiro, para dar esclarecimentos. Também foi barrada a candidatura de Samuel Bastos (PR), em Brejo Santo. O anúncio foi feito pelo juiz Alexandre Santos. Ele é inelegível devido à condenação por prática de captação ilícita de votos, nas eleições de 2008.
Ronaldo vence a disputa no Crato
O candidato eleito agradeceu à população e falou dos planos que tem para a cidade FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENA
Crato Neste município, o candidato Ronaldo Gomes de Matos (Ronaldo da Cerâmica), do PMDB, foi eleito com 39.285 (59,87%) votos. O segundo colocado foi o candidato Cícero França (PV), com 14.635 (22,30%). Em seu discurso de agradecimento, Ronaldo falou sobre o aproveitamento da campanha e dos planos que tem para a cidade.
"Foram dias tensos, mas também proveitosos, aprendemos a tratar bem todas as pessoas. Agora, iremos cumprir os nossos compromissos de palanques. Quero dizer que nossa administração será pautada pela transparência e seriedade. Iremos concluir e realizar todos os trabalhos e projetos", afirmou.
A eleição foi tranquila. Pela manhã, os quatro candidatos foram a seus locais de votação. Durante o período eleitoral, nenhum flagrante de crimes foi registrado. Nas seções, os eleitores que compareceram não tiveram dificuldades em votar. A média de tempo gasto por cada pessoa ficou entre 40 segundos. As únicas reclamações estiveram relacionadas ao calor e à falta de acessibilidade nos prédios.
No principal colégio eleitoral da cidade, a EEFM Polivalente Governador Adalto Bezerra, responsável por dez seções, onde votam aproximadamente quatro mil pessoas, o fluxo de eleitores foi maior até o meio, mas sem tumultos.
Visitas
Ontem, o juiz eleitoral da 21ª zona, Francisco José Mazza Siqueira, visitou diversos locais de votação no Centro e distritos. Nesta eleição, as urnas eletrônicas funcionaram normalmente. Entretanto, houve abstenção de 16,82% dos eleitores.
De acordo com as demandas da população, nas áreas mais movimentadas, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) solicitou ao Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) que as ruas fossem fechadas, mas houve engarrafamentos. Quanto às regras da eleição, o órgão realizou campanhas de conscientização sobre o respeito à legislação, a isso foi atribuído aos baixos índices de ocorrências policiais. Até as 17 horas, apenas um candidato a vereador foi preso sobre a acusação de transportar eleitores.
Já em Barbalha, o prefeito José Leite (PT) foi reeleito, com 17.079 votos (53,89% do sufrágios válidos). Em segundo lugar ficou o candidato Argemiro Sampaio (PPS), com 14.269 votos (45,03%). As abstenções ficaram em 15,88% dos eleitores, representando 6.446 votantes.
Denúncias de compra de votos, boca de urna, propagandas irregulares, distribuição de brindes, como camisas e bonés, e a aglomeração de eleitores utilizando vestuário padronizado, além do recolhimento de material de campanha caracterizaram a eleição. O juiz eleitoral da 31ª zona, Péricles Victor Galvão de Oliveira, passou dia atendendo as ocorrências. Porém, apenas uma pessoa foi presa. Na cidade, uma urna eleitoral apresentou problemas técnicos. Estava instalada no maior colégio eleitoral da cidade.
Iguatu aguarda decisão do TSE para definir pleito
O aposentado Raimundo Brito da Silva tem 101 anos e é um dos eleitores mais idosos da cidade de Iguatu FOTO: HONÓRIO BARBOSA
Iguatu Eleitores de Aderilo Antunes Alcântara Filho (PRB) comemoram a vitória do candidato. A contagem paralela dos votos foi feita por emissoras de rádio e pela coligação partidária do candidato que fez a computação dos boletins de cada urna. Segundo a contagem, Aderilo obteve 30.108 votos, Mirian Sobreira 19.940 e Murilo Braga 1.055. Foram 1.600 votos brancos e 3.573 nulos. Uma urna apresentou problema técnico e deixou de ser computada.
O boletim das eleições não registrou voto para o candidato Aderilo porque ele disputou a eleição na condição de sub judice e aguarda julgamento de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Está com registro de candidatura inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Os votos dados a Aderilo ficam em separados e somente serão divulgados pelo TSE após três dias. Os números dos boletins mostram que o candidato obteve mais de 50% dos votos válidos. Nesse caso, de acordo com a lei, se o TSE julgar o recurso desfavorável, haverá nova eleição em Iguatu. Fato semelhante ocorreu em 1996.
Nas eleições de 2010, Iguatu foi considerada a cidade mais violenta do Ceará, segundo a Polícia Federal na época. Naquele pleito, seis pessoas foram detidas por prática de propaganda irregular e houve até tiroteio em um bairro da periferia. "Neste ano, tivemos uma eleição calma", disse o promotor eleitoral Francisco das Chagas da Silva
Expectativas
Aderilo Alcântara (PRB) votou pela manhã, na Escola de Ensino Médio Amélia Figueiredo de Lavor. Alcântara estava acompanhado da filha Virna e do prefeito Agenor Neto.
Mostrou confiança na vitória e disse que vai dar continuidade ao projeto Cidade do Futuro, iniciado pelo prefeito Agenor Neto, e priorizar o setor de saúde e de agricultura. "Temos experiência, vontade de trabalhar e vamos realizar uma administração voltada para os que mais precisam. Estamos confiantes que vamos vencer também na Justiça", frisou.
A deputada estadual e candidata a prefeita, pela oposição, Miriam Sobreira (PSB), disse que fez uma campanha com apresentação de propostas e que procurou conquistar o eleitorado indeciso. Miriam participou de missa, às 8 horas da manhã, na capela de São Sebastião, na sede do distrito de José de Alencar, zona rural de Iguatu.
Às 10 horas, votou na Escola de Ensino Médio Marta Sobreira, onde cumprimentou os eleitores, que lotavam os corredores da unidade de ensino. "Fui a primeira deputada eleita por Iguatu e serei a primeira prefeita", disse a candidata.
O aposentado Raimundo Brito da Silva, 101 anos, um dos eleitores mais idosos de Iguatu, votou na EEF Carlota Távora. Chegou ao local de votação caminhando, amparado por um neto e uma bengala.
Foi cumprimentado por muitos eleitores na escola. Ele mora a dois quarteirões da unidade de ensino. "Só deixei de votar uma vez porque estava doente. Quis votar porque estou com vontade e em quanto Deus permitir e der saúde vou exercer meu direito de voto", falou.
Lentidão
Pela manhã, os eleitores reclamaram da lentidão da votação. Houve filas e aglomeração nos corredores das escolas. Por determinação da Justiça Eleitoral, em Iguatu, os candidatos a prefeito e vereador não puderam ficar percorrendo as seções eleitorais nos bairros e na zona rural.
O giro pelos locais de votação era livre e comum nesta cidade, mas, tanto o promotor eleitoral Francisco das Chagas, quanto o juiz eleitoral Josué de Lima Júnior, observaram que há impedimento legal. "Se houver aglomeração de pessoas, em torno do candidato, caracteriza-se boca de urna", observou o promotor Francisco das Chagas
O candidato eleito agradeceu à população e falou dos planos que tem para a cidade FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENACrato Neste município, o candidato Ronaldo Gomes de Matos (Ronaldo da Cerâmica), do PMDB, foi eleito com 39.285 (59,87%) votos. O segundo colocado foi o candidato Cícero França (PV), com 14.635 (22,30%). Em seu discurso de agradecimento, Ronaldo falou sobre o aproveitamento da campanha e dos planos que tem para a cidade.
"Foram dias tensos, mas também proveitosos, aprendemos a tratar bem todas as pessoas. Agora, iremos cumprir os nossos compromissos de palanques. Quero dizer que nossa administração será pautada pela transparência e seriedade. Iremos concluir e realizar todos os trabalhos e projetos", afirmou.
A eleição foi tranquila. Pela manhã, os quatro candidatos foram a seus locais de votação. Durante o período eleitoral, nenhum flagrante de crimes foi registrado. Nas seções, os eleitores que compareceram não tiveram dificuldades em votar. A média de tempo gasto por cada pessoa ficou entre 40 segundos. As únicas reclamações estiveram relacionadas ao calor e à falta de acessibilidade nos prédios.
No principal colégio eleitoral da cidade, a EEFM Polivalente Governador Adalto Bezerra, responsável por dez seções, onde votam aproximadamente quatro mil pessoas, o fluxo de eleitores foi maior até o meio, mas sem tumultos.
Visitas
Ontem, o juiz eleitoral da 21ª zona, Francisco José Mazza Siqueira, visitou diversos locais de votação no Centro e distritos. Nesta eleição, as urnas eletrônicas funcionaram normalmente. Entretanto, houve abstenção de 16,82% dos eleitores.
De acordo com as demandas da população, nas áreas mais movimentadas, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) solicitou ao Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) que as ruas fossem fechadas, mas houve engarrafamentos. Quanto às regras da eleição, o órgão realizou campanhas de conscientização sobre o respeito à legislação, a isso foi atribuído aos baixos índices de ocorrências policiais. Até as 17 horas, apenas um candidato a vereador foi preso sobre a acusação de transportar eleitores.
Já em Barbalha, o prefeito José Leite (PT) foi reeleito, com 17.079 votos (53,89% do sufrágios válidos). Em segundo lugar ficou o candidato Argemiro Sampaio (PPS), com 14.269 votos (45,03%). As abstenções ficaram em 15,88% dos eleitores, representando 6.446 votantes.
Denúncias de compra de votos, boca de urna, propagandas irregulares, distribuição de brindes, como camisas e bonés, e a aglomeração de eleitores utilizando vestuário padronizado, além do recolhimento de material de campanha caracterizaram a eleição. O juiz eleitoral da 31ª zona, Péricles Victor Galvão de Oliveira, passou dia atendendo as ocorrências. Porém, apenas uma pessoa foi presa. Na cidade, uma urna eleitoral apresentou problemas técnicos. Estava instalada no maior colégio eleitoral da cidade.
Iguatu aguarda decisão do TSE para definir pleito
O aposentado Raimundo Brito da Silva tem 101 anos e é um dos eleitores mais idosos da cidade de Iguatu FOTO: HONÓRIO BARBOSAIguatu Eleitores de Aderilo Antunes Alcântara Filho (PRB) comemoram a vitória do candidato. A contagem paralela dos votos foi feita por emissoras de rádio e pela coligação partidária do candidato que fez a computação dos boletins de cada urna. Segundo a contagem, Aderilo obteve 30.108 votos, Mirian Sobreira 19.940 e Murilo Braga 1.055. Foram 1.600 votos brancos e 3.573 nulos. Uma urna apresentou problema técnico e deixou de ser computada.
O boletim das eleições não registrou voto para o candidato Aderilo porque ele disputou a eleição na condição de sub judice e aguarda julgamento de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Está com registro de candidatura inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Os votos dados a Aderilo ficam em separados e somente serão divulgados pelo TSE após três dias. Os números dos boletins mostram que o candidato obteve mais de 50% dos votos válidos. Nesse caso, de acordo com a lei, se o TSE julgar o recurso desfavorável, haverá nova eleição em Iguatu. Fato semelhante ocorreu em 1996.
Nas eleições de 2010, Iguatu foi considerada a cidade mais violenta do Ceará, segundo a Polícia Federal na época. Naquele pleito, seis pessoas foram detidas por prática de propaganda irregular e houve até tiroteio em um bairro da periferia. "Neste ano, tivemos uma eleição calma", disse o promotor eleitoral Francisco das Chagas da Silva
Expectativas
Aderilo Alcântara (PRB) votou pela manhã, na Escola de Ensino Médio Amélia Figueiredo de Lavor. Alcântara estava acompanhado da filha Virna e do prefeito Agenor Neto.
Mostrou confiança na vitória e disse que vai dar continuidade ao projeto Cidade do Futuro, iniciado pelo prefeito Agenor Neto, e priorizar o setor de saúde e de agricultura. "Temos experiência, vontade de trabalhar e vamos realizar uma administração voltada para os que mais precisam. Estamos confiantes que vamos vencer também na Justiça", frisou.
A deputada estadual e candidata a prefeita, pela oposição, Miriam Sobreira (PSB), disse que fez uma campanha com apresentação de propostas e que procurou conquistar o eleitorado indeciso. Miriam participou de missa, às 8 horas da manhã, na capela de São Sebastião, na sede do distrito de José de Alencar, zona rural de Iguatu.
Às 10 horas, votou na Escola de Ensino Médio Marta Sobreira, onde cumprimentou os eleitores, que lotavam os corredores da unidade de ensino. "Fui a primeira deputada eleita por Iguatu e serei a primeira prefeita", disse a candidata.
O aposentado Raimundo Brito da Silva, 101 anos, um dos eleitores mais idosos de Iguatu, votou na EEF Carlota Távora. Chegou ao local de votação caminhando, amparado por um neto e uma bengala.
Foi cumprimentado por muitos eleitores na escola. Ele mora a dois quarteirões da unidade de ensino. "Só deixei de votar uma vez porque estava doente. Quis votar porque estou com vontade e em quanto Deus permitir e der saúde vou exercer meu direito de voto", falou.
Lentidão
Pela manhã, os eleitores reclamaram da lentidão da votação. Houve filas e aglomeração nos corredores das escolas. Por determinação da Justiça Eleitoral, em Iguatu, os candidatos a prefeito e vereador não puderam ficar percorrendo as seções eleitorais nos bairros e na zona rural.
O giro pelos locais de votação era livre e comum nesta cidade, mas, tanto o promotor eleitoral Francisco das Chagas, quanto o juiz eleitoral Josué de Lima Júnior, observaram que há impedimento legal. "Se houver aglomeração de pessoas, em torno do candidato, caracteriza-se boca de urna", observou o promotor Francisco das Chagas
fonte: Diário do Nordeste
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