A saga de um poeta que cantou nos quatro cantos do Brasil e países afora com os encantos da simplicidade de sua rima. Recebeu o nobre título de "Príncipe dos Poetas", e foi um dos maiores divulgadores do Padre Cícero. "O Poeta Pedro Bandeira Mostra Juazeiro do Mundo", livro com coordenação do escritor Franco Barbosa, será lançado amanhã, no Memorial Padre Cícero, às 19 horas, dentro da Programação da semana que homenageia o sacerdote, pelos seus 168 anos.
Um levantamento realizado por Franco Barbosa levou a contabilizar do poeta mais de mil publicações, grande parte se encontra com escritos sobre o Padre Cícero e Juazeiro do Norte. Segundo Pedro Bandeira, são mais de 50 trabalhos poéticos, incluindo livretos, folhetos, acrósticos, cordéis, opúsculos e mais três livros, que falam do Padre Cícero. Para Franco, cada trabalho, da própria coleção do poeta e repentista, foi avaliado minuciosamente, para uma seleção que envolveu toda uma metodologia, com temáticas abordadas por Pedro bandeira.
E o poeta classifica alguns dos seus trabalhos como marcantes dentro dessa trajetória que envolve o Padre Cícero. Na leva dos repentes e canções, a música "Graça Alcançada" passou a ser a mais cantada sobre o sacerdote, no qual tem uma grande admiração e devoção. Pedro Bandeira estava ao lado de grandes personalidades, cantou para presidentes e até para o Papa João paulo II, quando ele esteve no Brasil e veio ao Ceará em 1980.
Nos improvisos ao sumo pontífice, juntamente com o cantador Otacílio Batista, destaca: "Já chore muito por papa, mas agora canto pro papa", diz ele, ao lembrar da infância pobre no sertão da Paraíba. E foi nesse período que o poeta apresentou a "Carta Aberta ao Papa", um cordel de 32 páginas, em que pedia pela revisão dos documentos eclesiásticos, no processo que envolvia a história do "´milagre" de Juazeiro. Na verdade, uma antecipação que custou-lhe uma rejeição da igreja local, na época. Mas, o Padre Cícero é mais do que a canonização.
Hoje, o poeta Pedro Bandeira, que chegou ao Cariri aos 20 anos, já como profissional cantador, chegou a ser vereador por três mandatos, é filósofo, advogado e teólogo. Também tem divulgado a poesia por meio de programas de televisão e rádios, que comanda há anos. Começou no Cariri na rádio Educadora e, agora, na Progresso, em Juazeiro do Norte, fará 45 anos, comandando um programa voltado para o repente e por onde já passaram grandes cantadores.
Uma vida dedicada à poesia. Pedro Bandeira chegou a apresentar os seus versos nas feiras do Cariri e do Nordeste, já cantou para presidentes, a exemplo de Mário Soares, em Portugal, e foi até surpreendido pelos agentes secretos da Ditadura Militar, em plena feita do Crato, quando embarcava nas odes dos seus versos a Apollo XI. "Estava cantando a ida da Apollo XI à lua".
Destacou os milhões gastos pelos americanos, e a miséria persistente do sertão. Chegou a ser chamado a atenção por falar e um assunto proibido, que para ele era apenas um assunto inspirador. Mas viu alguns dos seus amigos repentistas e poetas serem presos pelo regime.
Com Luiz Gonzaga, teve uma parceria poética e chegou a se apresentar com o cantor em programas no Sul do Brasil, como o de Flávio Cavalcanti. Agora, dentro dos cem anos do Rei do Baião, pretende homenageá-lo com um "cordelaço". Batizou assim o trabalho que vem matutando. O "matuto do pé raxado", como gosta de se denominar, tem 53 anos de poesia, nas mais de sete décadas de vida. Aos seis anos de idade já fazia versos.
Popular
A vida ao Juazeiro teve uma inspiração. Segundo Pedro Bandeira, foi a energia do Padre Cícero. "A fé e a vontade que tinha de morar aqui", disse ele. E foi por aqui que ele teve a oportunidade de divulgar o seu trabalho de forma mais ampla, com a atividade na rádio Educadora, no Crato. Mas, para o poeta, o Juazeiro se divulga por si, com as romarias, o Padre Cícero. A inspiração do seu trabalho é a própria vida. "Nunca deixo de ser um cantador. Um matuto do pé rachado", afirma o comunicador.
E Franco Barbosa destaca a importância de um dos maiores nomes da poesia popular do Brasil. Para ele, ter acesso ao arquivo de Pedro Bandeira foi um a oportunidade ímpar. O escritor afirma que os temas trazem um caráter de universalidade à obra de Pedro Bandeira.
Mais informações:
Biblioteca Municipal de Juazeiro do Norte
Rua Santo Agostinho, s/n
Centro
Telefone (88) 8804.0715
fonte: miseria
Um levantamento realizado por Franco Barbosa levou a contabilizar do poeta mais de mil publicações, grande parte se encontra com escritos sobre o Padre Cícero e Juazeiro do Norte. Segundo Pedro Bandeira, são mais de 50 trabalhos poéticos, incluindo livretos, folhetos, acrósticos, cordéis, opúsculos e mais três livros, que falam do Padre Cícero. Para Franco, cada trabalho, da própria coleção do poeta e repentista, foi avaliado minuciosamente, para uma seleção que envolveu toda uma metodologia, com temáticas abordadas por Pedro bandeira.
E o poeta classifica alguns dos seus trabalhos como marcantes dentro dessa trajetória que envolve o Padre Cícero. Na leva dos repentes e canções, a música "Graça Alcançada" passou a ser a mais cantada sobre o sacerdote, no qual tem uma grande admiração e devoção. Pedro Bandeira estava ao lado de grandes personalidades, cantou para presidentes e até para o Papa João paulo II, quando ele esteve no Brasil e veio ao Ceará em 1980.
Nos improvisos ao sumo pontífice, juntamente com o cantador Otacílio Batista, destaca: "Já chore muito por papa, mas agora canto pro papa", diz ele, ao lembrar da infância pobre no sertão da Paraíba. E foi nesse período que o poeta apresentou a "Carta Aberta ao Papa", um cordel de 32 páginas, em que pedia pela revisão dos documentos eclesiásticos, no processo que envolvia a história do "´milagre" de Juazeiro. Na verdade, uma antecipação que custou-lhe uma rejeição da igreja local, na época. Mas, o Padre Cícero é mais do que a canonização.
Hoje, o poeta Pedro Bandeira, que chegou ao Cariri aos 20 anos, já como profissional cantador, chegou a ser vereador por três mandatos, é filósofo, advogado e teólogo. Também tem divulgado a poesia por meio de programas de televisão e rádios, que comanda há anos. Começou no Cariri na rádio Educadora e, agora, na Progresso, em Juazeiro do Norte, fará 45 anos, comandando um programa voltado para o repente e por onde já passaram grandes cantadores.
Uma vida dedicada à poesia. Pedro Bandeira chegou a apresentar os seus versos nas feiras do Cariri e do Nordeste, já cantou para presidentes, a exemplo de Mário Soares, em Portugal, e foi até surpreendido pelos agentes secretos da Ditadura Militar, em plena feita do Crato, quando embarcava nas odes dos seus versos a Apollo XI. "Estava cantando a ida da Apollo XI à lua".
Destacou os milhões gastos pelos americanos, e a miséria persistente do sertão. Chegou a ser chamado a atenção por falar e um assunto proibido, que para ele era apenas um assunto inspirador. Mas viu alguns dos seus amigos repentistas e poetas serem presos pelo regime.
Com Luiz Gonzaga, teve uma parceria poética e chegou a se apresentar com o cantor em programas no Sul do Brasil, como o de Flávio Cavalcanti. Agora, dentro dos cem anos do Rei do Baião, pretende homenageá-lo com um "cordelaço". Batizou assim o trabalho que vem matutando. O "matuto do pé raxado", como gosta de se denominar, tem 53 anos de poesia, nas mais de sete décadas de vida. Aos seis anos de idade já fazia versos.
Popular
A vida ao Juazeiro teve uma inspiração. Segundo Pedro Bandeira, foi a energia do Padre Cícero. "A fé e a vontade que tinha de morar aqui", disse ele. E foi por aqui que ele teve a oportunidade de divulgar o seu trabalho de forma mais ampla, com a atividade na rádio Educadora, no Crato. Mas, para o poeta, o Juazeiro se divulga por si, com as romarias, o Padre Cícero. A inspiração do seu trabalho é a própria vida. "Nunca deixo de ser um cantador. Um matuto do pé rachado", afirma o comunicador.
E Franco Barbosa destaca a importância de um dos maiores nomes da poesia popular do Brasil. Para ele, ter acesso ao arquivo de Pedro Bandeira foi um a oportunidade ímpar. O escritor afirma que os temas trazem um caráter de universalidade à obra de Pedro Bandeira.
Mais informações:
Biblioteca Municipal de Juazeiro do Norte
Rua Santo Agostinho, s/n
Centro
Telefone (88) 8804.0715
fonte: miseria
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